Há
algumas semanas falou-se dos problemas que a Sauber passou em termos de
finanças, onde as coisas acabaram por ser resolvidas graças à entrada de
patrocinadores russos. Ora, passada essa gente, agora temos a Lotus.
Propriedade da Genii Capital, a marca têm uma divida de 120 milhões de euros e
este mês parece que atrasou os salários dos funcionários, incluindo... o
próprio Kimi Raikkonen, que já admitiu essa situação: “Aconteceu
no ano passado, e agora outra vez, e isso não é a situação ideal”,
disse
Para terem uma ideia do que se passa, a marca de Enstone acumula prejuizos desde 2010, quando a Genii Capital entrou no negócio. Nesse ano, o prejuizo foi de 51 milhões de euros, para diminuir para 31 milhões, mas em 2012, este aumentou para... 85 milhões de euros. Nâo se sabe ainda as contas de 2013, mas pelos vistos, vai ser outro ano no "vermelho".
Claro, por causa disso, as
especulações sobre a sua ida para a Red Bull e a Ferrari dispararam nas últimas
semanas. E Kimi poderá bem seguir o mesmo rumo de James Allison, o
diretor técnico da marca, que aceitou recentemente ir trabalhar para a Ferrari.
Aliás, por causa da falta de dinheiro, o desenvolvimento do E21 encontra-se
parado e isso poderá estragar as chances de título por parte de Raikkonen em
2013. Alan Permane, engenheiro-chefe da Lotus, referiu isso mesmo à
publicação alemã Auto Motor und Sport, afirmando que: “Nós não temos
muito mais na calha para 2013. O que estava planeado já foi desenvolvido e ficará
tudo como está”. E isso, claro, não ajuda nem Kimi, nem o seu
companheiro de equipa, Romain Grosjean.
Sobre o assunto, Eric Boullier, o chefe da equipe, explicou que “nós vamos reorganizar o processo financeiro da equipe”. Ele afirmou que é esperado “um grande investimento financeiro, que faz parte dos planos futuros da equipe”. Boullier desvalorizou os atrasos, acreditando que “a situação vai ser reparada dentro de dias. Faz parte das discussões e iremos dar as respostas que o Kimi precisa. Iremos ter todas as respostas e poder tomar uma decisão em poucas semanas”, referiu Boullier.
Mas o problema das equipes como a Lotus mostra até que ponto é que está a Formula 1 quando existem assuntos não resolvidos como o novo Acordo da Concórdia e a distribuição de dinheiros entre as equipes. Sem isso, a nova distribuição dos dinheiros não está válida e as equipes que não têm apoios externos, como a Mercedes, McLaren e a Ferrari (equipes de fábrica) e a Red Bull, apoiada pelos dinheiros da marca de bebidas energéticas, estão em maus lençois. Vamos ver se o acordo é assinado rapidamente.
O que um período de férias não faz com a F - 1!
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